Descarte correto de resíduos

Infográficos do Ministério das Cidades* editado por Ambiente do Meio

Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) são aqueles originários de atividades domésticas em residências urbanas (resíduos domiciliares) e os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana (resíduos de limpeza urbana).

A Lei nº 14.026/2020 (Novo Marco Legal do Saneamento), que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, em seu art. 3º-C diz que os resíduos originários de atividades comerciais, industriais e de serviços cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao gerador pode, por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido urbano.

De acordo com o Ministério das Cidades os principais GEE emitidos ao longo do gerenciamento de RSU são o CO2 (dióxido de carbono), o CH4 (metano) e o NOx (óxidos de nitrogênio). O metano é proveniente da decomposição anaeróbia no tratamento por digestores e na disposição em aterros, e os óxidos de nitrogênio provêm do tratamento biológico, da compostagem e da incineração.

De acordo com a Wikipédia: Lixão ou lixeira se refere a uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pelo simples depósito do material sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública, o mesmo que descartar resíduos a céu aberto. 

Aterro sanitário é um local destinado à decomposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Nele são dispostos resíduos domésticos, comerciais, da indústria de construção e também resíduos sólidos retirados do esgoto.

Aterro controlado – é uma forma intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, sendo muito comum ser uma melhoria operacional e física de antigos lixões. Ainda há contaminação do solo e de águas superficiais, pois não há qualquer sistema de coleta de chorume e gases nocivos ou impermeabilização do solo.

Dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022 da ABREMA- Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente mostram que a geração de resíduos plásticos nas cidades brasileiras foi de 13,7 milhões de toneladas em 2022, ou 64 quilos por pessoa no ano.

De acordo com a pesquisa, o resíduo plástico é o tipo de poluente mais encontrado nos corpos hídricos do planeta: corresponde a 48,5% dos materiais que vazam para os mares.

Para melhorar a ecoeconomia são necessárias medidas de gestão correta dos resíduos e educação socioambiental.

Algumas dicas do Instituto Akatu para sua colaboração com esta questão:

1.Busque ecopontos ou serviços de coleta de resíduos de grande porte: não abandone móveis ou eletrodomésticos em locais inapropriados, tais como terrenos vazios, córregos ou espaços públicos da cidade. Abaixo alguns sites com endereços de ecopontos.

 AbreeCataBagulhoRecicla Sampa

ABREE

Fundada em 29 de junho de 2011, a ABREE – Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, entidade sem fins lucrativos.

Operação Cata Bagulho

A Operação Cata-Bagulho foi criada pela Prefeitura de São Paulo como uma iniciativa de coleta gratuita de objetos volumosos e materiais inservíveis descartados pelos moradores da cidade. Lançado no ano de 2007, o serviço visa reduzir o descarte irregular de resíduos, como móveis velhos, eletrodomésticos quebrados e outros itens grandes que não podem ser descartados regularmente nos pontos de coleta tradicionais, contribuindo para a limpeza da cidade e a prevenção de problemas ambientais decorrentes do descarte inadequado.  

Recicla Sampa

O Movimento Recicla Sampa é uma iniciativa das concessionárias de coleta de resíduos domiciliares e de saúde da capital paulista, com apoio institucional da Prefeitura de São Paulo. Em números, foram recuperadas 303 mil toneladas de materiais recicláveis em 2021 e 805 mil toneladas em 2022. No acumulado, a Central já recuperou 1,7 milhões de toneladas de resíduos.   

2.Não descarte medicamentos vencidos em vasos sanitários e nem com seu resíduo comum: componentes de remédios muitas vezes não podem ser tratados pelo sistema de esgoto, prejudicando o ambiente e a saúde humana. O ideal é entregá-los em farmácias ou unidades básicas de saúde (UBS) que fazem o seu descarte em pontos específicos.

3.Não jogue pilhas e baterias no lixo comum nem no reciclável: busque locais que recolhem esse tipo de resíduo, como supermercados. A Green Eletron disponibiliza uma tabela para identificar o posto de coleta de pilhas e baterias mais próximo de sua residência. E cuide delas, armazene-as em locais protegidos do calor e umidade para que durem mais.

Pontos de coleta de pilhas e baterias

4.Lâmpadas também não devem ir no lixo comum nem no reciclável: lojas de materiais de construções costumam ter contêineres para o descarte de lâmpadas. No site da Reciclus é possível encontrar pontos de coleta próximos de você. Procure entregar a lâmpada intacta e, caso ela tenha quebrado, tome cuidado com os cacos e recolha o pó com uma folha de jornal úmida para evitar a contaminação de pessoas e do ambiente.

A Reciclus surgiu a partir da assinatura da Lei PNRS e de um Acordo Setorial para implementação do Sistema de Logística Reversa de Lâmpadas que contêm Mercúrio em sua composição. A associação é responsável por operacionalizar a Logística Reversa das lâmpadas que contém mercúrio em sua composição, e disponibiliza Pontos de Entrega em estabelecimentos comerciais em todo Brasil, para que pessoas físicas possam descartar suas lâmpadas usadas para posterior coleta segura, transporte e destinação correta em nossos recicladores homologados.

5.Não jogue o óleo de cozinha usado na pia: guarde-o em um recipiente, como garrafa PET, e leve-o para algum ponto de coleta — busque um próximo a você no site do Óleo Sustentável. Há empresas e iniciativas que utilizam o óleo usado como matéria-prima para a produção de outros produtos.

As ações do Óleo Sustentável possuem caráter educativo para o consumidor e promovem a conscientização sobre o armazenamento e descarte corretos do óleo de cozinha usado nos Pontos de Entrega Voluntária – PEVs.

 6.Descarte máscaras usadas no lixo comum: independentemente do tipo de máscara, depois de usadas elas devem ser embaladas e fechadas em saquinhos plásticos e jogadas no lixo comum, para evitar a contaminação de quem maneja os seus resíduos.

 7.Verifique se o fabricante do seu móvel ou eletrodoméstico tem sistema de logística reversa: empresas com esse sistema promovem a coleta do produto que não tem mais utilidade, o reúso, a reciclagem, o tratamento e/ou a disposição final de suas peças.

Economia Circular: É um ciclo contínuo de desenvolvimento positivo que preserva e aprimora o capital natural, otimiza a produtividade de recursos e minimiza riscos sistêmicos, gerindo estoques finitos e fluxos renováveis.

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