“O infinito”

A Terra é composta de infinitos universos.

Cada um dos seus incontáveis e perenes seres possui um mundo peculiar, cuja intersecção com outros seres extrai e transforma as nossas infinitas realidades.

Se pudéssemos mergulhar nos infinitos existentes nas nossas células ou em cada grão de areia e rocha que compõe o nosso planeta, a vastidão que não compreendemos torna-se mais vasta ainda.

Se adicionarmos aos infinitos e infinitos da Terra as inalcançáveis distâncias siderais que vemos no firmamento, aí sim teremos certeza que não somos reais e estamos mergulhados numa ficção inventada por nós mesmos.

Ao contemplar a infinitude sem fim, percebemos que as explicações que nos foram dadas eram mentiras bem agradáveis para impedir nosso dissabor de ver a loucura de realmente acreditar que estamos aqui.

E é essa explosão de liberdade que sentiremos ao morrer, caso tenhamos percebido essa ilusão antes do nosso momento derradeiro.

Do contrário, continuaremos presos a um corpo e a uma realidade que de fato nunca existiram, porque nada existe no infinito, só o amor.

Neide Penteado (sem data) in memorian

Foto: Ana Marina Martins de Lima

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