Por: Ana Marina Martins de Lima*
Poucas pessoas têm essa informação que pode salvar vidas, quando há acidentes com animais contaminados por raiva, seja no regaste, ao cuidar do animal em clínicas veterinárias ou mesmo no manejo de animais no caso de cavalos por exemplo existe a possibilidade de se prevenir a raiva e também tratar em casos onde ainda não total comprometimento do sistema nervoso.
A profilaxia é feita em serviços de saúde assim que o paciente vai até o local e comunica que foi ferido por um animal com suspeita ou não de ter a doença, pois nem sempre existe no caso de animais como cães e gatos a informação de que estão vacinados.

No caso de profissionais como Biólogos, Veterinários ou outros envolvidos em regates ou tratamento dos animais se vacinados também é necessário procurar imediatamente o serviço de saúde, pois assim será realizado um exame sorológico para verificar se a vacina ainda está sendo eficaz ou se é necessário tomar uma nova dose.
Tanto o animal quanto o paciente serão monitorados de acordo com protocolo estabelecido pelo Serviço de Saúde.
Sobre a Doença:
A raiva é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus, que compromete o Sistema Nervoso Central (SNC). É uma encefalite, em geral de evolução rápida, dependendo da assistência médico-hospitalar recebida pelo paciente.
A sintomatologia atualmente é bastante diversa podendo o paciente apresentar as fobias consideradas clássicas da raiva (hidrofobia e aerofobia), a tríade parestesia, paresia e paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré e outros sinais e sintomas.
Pode acometer todas as espécies de mamíferos, incluindo o homem, sendo seu prognóstico fatal em praticamente todos os casos.
É uma zoonose (antropozoonose) que tem como hospedeiro, reservatório e transmissor, o animal que, dependendo da situação, transmite a doença aos humanos através da mordedura, arranhadura ou lambedura.
Sinais indicativos da raiva
Variam conforme a espécie. Quando a doença acomete animais carnívoros, com maior freqüência eles se tornam agressivos (raiva furiosa) e, quando ocorre em animais herbívoros, sua manifestação é a de uma paralisia (raiva paralítica). No entanto, em todos animais costumam ocorrer os seguintes sintomas:
- – dificuldade para engolir
- – salivação abundante
- – mudança de comportamento
- – mudança de hábitos alimentares
- – mudança de hábitos
- – paralisia das patas traseiras
Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva
- Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão.
- Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo.
- Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva.
- O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais.
- Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde
- Nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas.
- Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde.
Fontes:
Ministério da Saúde
Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo
Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo
Centro de Vigilância e Controle da Raiva/Instituto Pasteur
*Sobre a autora: Bióloga /Especialista em Gestão Ambiental/Jornalista/Autora do Site Ambiente do Meio e Profissional de Saúde, atuando na prevenção em monitoramento da Raiva junto a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Ministério da Saúde do Brasil.
