Por: Ana Marina Martins de Lima/Ambientedomeio.com
Coleta seletiva não significa consumo sustentável
No dia do aniversário da Cidade de São Paulo é colocada em prática lei que proíbe o “fornecimento gratuito” de sacolinhas plásticas em Supermercados, sem dúvida teremos um ganho ambiental.
Os fornecedores de sacolinhas deixam de lucrar, será? Agora a população irá pagar pelas sacolinhas que são vendidas ou optar pelas “recicláveis”, sacolas feitas de Pet.
A questão que fica sem resposta é a seguinte se as sacolinhas foram proibidas, porque os “sacos-de–lixo” ainda estão à venda?
Lembro que na minha infância o lixo doméstico era colocado em “latões” ou baldes, cada vizinho tinha o seu, o lixeiro virava o conteúdo no caminhão e os “latões” ou baldes ficavam na calçada para serem retirados pelos moradores.
Bom agora com a opção das “sacolinhas” ou “saquinhos ecológicos”, que podem simplesmente “desmanchar” na presença de água… o que poderá acontecer após uma chuva?
Outra questão: outro dia eu ouvi em um supermercado o anúncio de “sacos de lixo bactericidas e perfumados”; foram encontrados antibióticos na água que bebemos e em alguns alimentos, logicamente que não devemos nos preocupar com a “resistência” das bactérias aos antibióticos, não é mesmo?
Porque então não foi proibida a fabricação de embalagem de isopor, realizada a diminuição do tamanho das caixas de medicamentos e proibida à fabricação de copos de plásticos?
Fica também uma lição de casa para nossos “fabricantes de leis”, rever as legislações que se referem ao “lixo”: Resíduos da Saúde, Política Nacional de Resíduos Sólido e Descarte de embalagens de medicamentos.
Como resolver a questão se existe a orientação para o uso de sacos plásticos de várias cores para o descarte de resíduos da saúde, por exemplo?
Lembrando também que o “saco” ou “sacolinha” pode ser biodegradável, mas o seu conteúdo nem sempre é?
Faltaram mais algumas ações: educação ambiental para população e empresas, coleta de lixo adequada, seleção do lixo para descarte…..

