A inteligência artificial e a sua segurança

Importante para comunidade saber que estes instrumentos embora ainda não adequados a lei já estão em uso há muito tempo, exemplo disto é o uso de metadados para observar o comportamento dos usuários de aplicativos, redes sociais e até mesmo leitores de jornais.

Por meio de instrumentos é possível saber quais seus hábitos, quantas horas permanece logado, quais suas pesquisas e até mesmo hábitos de consumo alimentar, onde compra roupas, medicamentos e etc.

O risco que já corremos com o discurso de ódio implementado neste país, muitos jornalistas silenciosamente tiveram seus celulares, computadores e até mesmo seus passos vigiados porque palavras e metadados foram interpretados de maneira inadequada por politicos e partidários que não aceitam quaisquer opiniões que não lhes sejam favoráveis.

Em alguns casos como na guerra jornalistas são facilmente identificados e mortos. Segundo o Sindicato dos jornalistas na Palestina até o dia 23 de outubro foram vitimados os seguintes jornalistas:

Em alguns países muitos foram silenciosamente torturados até serem considerados loucos, outros mortos e outros tantos são utilizados como “influencers” para mudar a opinião popular.

Em alguns casos foram enviados vírus “oficiais ” capazes de gravar conversas e fotografar gerando relatórios sobre os hábitos, identificação e endereços, esta informação foi disponibilizada na rede social “X” que tb envia notícias automáticas para o usuário.

Segundo a UNESCO ela promove no Brasil a liberdade de expressão e a segurança de jornalistas por meio de atividades de sensibilização e monitoramento. Também promove a independência e o pluralismo da mídia como pré-requisitos e fatores significativos de democratização, paz e construção da tolerância, ao fornecer serviços de consultoria sobre legislação de mídia e sensibilizar governos, parlamentares e outros tomadores de decisão. Além disso, a UNESCO no Brasil contribui para o fortalecimento dos padrões profissionais por meio de mecanismos de capacitação e autorregulação (como códigos de ética, conselhos de imprensa e ouvidorias internas de notícias).

Em 2024, o mundo terá 81 países realizando eleições. Por isso, neste 2 de novembro, a ONU marca o Dia internacional do Fim da Impunidade por Crimes contra Jornalistas destacando os riscos que estes profissionais enfrentam durante processos eleitorais. 

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura, Unesco, entre 2019 e 2022 foram registrados 759 ataques contra jornalistas durante 89 eleições em 70 países. 

As agressões registradas pela Unesco envolvem ataques físicos, assassinatos, ataques digitais, prisões arbitrárias e a obstrução do trabalho dos jornalistas, seja através de ameaças ou destruição de equipamentos.

O relatório “O Papel dos Agentes de Aplicação da Lei: Garantir a Segurança dos Jornalistas Durante Manifestações Públicas e Eleições”, lançado pela Unesco aponta a desinformação como um potencializador de riscos para os processos eleitorais.

Segundo Guilherme Canela mensagem central do relatório é a necessidade de que líderes políticos, religiosos e celebridades parem de propagar narrativas generalizantes contra o jornalismo ou contra os jornalistas, pois evidências apontam que elas estimulam a violência contra profissionais da mídia. 

Para os especialistas, a desinformação e a propaganda podem destruir reputações e a privacidade, incitar à violência, discriminação e hostilidade contra certos grupos da sociedade.

O comunicado alerta para a possibilidade de autoridades públicas denegrirem, intimidarem ou ameaçarem os meios de comunicação, incluindo declarações colocando a mídia como “a oposição” ou de que esteja “mentindo”, ou ainda, que tenha uma agenda secreta.

Segundo Frank La Rue

“ataque contra um jornalista é um ataque contra a democracia.” Segundo o relator da ONU, a violência contra a imprensa continua “porque os Estados falham em tomar medidas preventivas e em investigar e processar os autores desses crimes.”

Observo aqui que em alguns paises quem comete o crime contra os profissionais de jornalismo é o próprio governo.

O relator ressaltou ainda que jornalistas online e blogueiros sofrem formas adicionais de perseguição, intimidação e censura.

Embora a Inteligência Artificial seja justificada pelo desenvolvimento econômico e a necessidade de alcançar metas de consumo, industrialização e cumprimento de protocolos de saúde, ainda assim a entrega de dados pessoais para empresas que estão cada vez mais interconectadas é um risco mundial pois sabemos que pessoas mal intencionadas também tem expertises da área trabalhando ao seu favor um exemplo é a violência ocorrida nas escolas e incentivadas e orientadas por meio das redes sociais, a criação de jogos que estimulam a violência entre os jovens e desafios que já causaram morte de crianças e adolescentes divulgamos nas redes sociais.

Tudo é muito complexo recebemos milhares de ofertas de empresas parceiras de redes de celulares, outro exemplo o grupo Meta que é responsável pelo Facebook, Whatzap e Instragram coletam ďiariamente nossos dados e tem acesso a quais aplicativos utilizamos em nossos Smartfones, dados enviados por empresas parceiras.

No Instragram são milhares de postagens sobre multiroes relacionados a saúde dos olhos, dentes e do corpo eles tem logomarcas parecidas com os da cidade , governo e até mesmo do ministério da saúde ; além de informações de leilões virtuais de aparelhos eletrônicos falsos da receita e correios embora o alerta já tenha sido dado por jornalistas da UOL.

O grande risco em saúde é por exemplo a perca da visão por aquisição de doenças adquiridas quando os equipamentos não são higienizados de forma correta um artigo recente foi publicado na UOL, Globo e Estadão:

“Pelo menos sete pessoas ficaram cegas após participarem de um mutirão de cirurgias contra catarata em Macapá, capital do Amapá. Ao todo, 104 dos 141 pacientes submetidos ao procedimento apresentaram alguma complicação que teria sido causada por um fungo, de acordo com a Sesa (Secretaria Estadual de Saúde do Amapá). Os ministérios públicos Federal e Estadual investigam o caso” UOL – neste caso o mutirão foi feito pelo governo local.

Segundo comunicado da ONU sobre discurso de ódio nas redes sociais:

A relatora Irene Khan falou sobre o papel que desempenham as diferentes plataformas na internet. Para ela, Meta, Twitter, Google e outras empresas devem se pautar pelo princípio do respeito aos direitos humanos em suas atividades.

Questionada pelo caso da Meta, proprietária do Facebook, citada em um de seus relatórios, ela disse que apesar de censurar determinadas postagens, a Meta permitiu que ucranianos expressassem sua raiva contra militares russos. Para Khan, não se trata de apoiar a Rússia ou a Ucrânia, mas sim a “aplicação de padrões universais de direitos humanos”.

De acordo com ela, “se a Meta utilizasse esses padrões e respeitasse os princípios humanitários, não permitiria desinformação da Rússia ou dos ucranianos”. E acrescentou que “isso fortaleceria sua posição como uma organização global imparcial e forte.”

A relatora ressaltou ainda que é por isso que as redes sociais devem ser guiadas por padrões de direitos humanos e não apenas pelas próprias políticas da empresa.

Outro risco em comunicação tem sido o ” dar a voz” a comunidades isoladas. Suas lideranças e locais ficam expostos e são facilmente localizados e mortos, exemplos que vem ocorrendo com lidreranças de quilombolas e indígenas que em busca de melhores condições de vida para as comunidades diante do grande desafio das alterações do clima ou para proteger a comunidade de invasões de suas terras e manter sua cultura.

Conclusão: Esta muito difícil viver nesta comunidade que embora tenha conhecimento tecnológico muitas vezes esquece da ética do básico do respeito à própria vida e a vida de seus semelhantes. Ainda há aqueles que por motivo religioso se distanciam de seus parentes ou destroem comunidades inteiras e seus saberes.

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