O descarte inadequado de medicamentos domiciliares de uso humano pode impactar o solo e a água, comprometendo a vida de animais e vegetais, além de afetar diretamente a qualidade de tudo aquilo que consumimos.
Os resíduos de medicamentos domiciliares de uso humano, ao entrar em contato com a natureza, podem também gerar o desenvolvimento de superbactérias, resistentes às substâncias encontradas nesses remédios e com mais força de proliferação.

De acordo com o Ministério da Saúde: bactérias que se tornam mais fortes por causa do uso de antibióticos de forma errada. O que pode parecer uma profecia alarmista é na verdade uma realidade nos sistemas de saúde de todo o mundo. A resistência aos antimicrobianos, especialmente a resistência aos antibióticos, é um tema que preocupa tanto os países desenvolvidos como países em desenvolvimento. O problema é mais sério em locais onde o consumo de antibióticos não é bem controlado nem orientado.
A explicação para o surgimento de bactérias mais resistentes está na teoria da seleção natural das espécies elaborada por Charles Darwin. Quando são expostas aos antibióticos, um grupo pequeno de bactérias mais fortes pode sobreviver e posteriormente se reproduzir. Isso significa que, a cada geração, as bactérias mais resistentes dão origem a outras bactérias que também são resistentes.
Quando o microrganismo é resistente a um ou mais antimicrobiano de três ou mais categorias dizemos que ele é multirresistente.

O descarte adequado de medicamentos domiciliares de uso humano tem um impacto positivo tanto para a saúde pública quanto para o meio ambiente.
Ele evita a automedicação, a intoxicação por acidente e o mau uso de medicamentos, contribuindo para a segurança de toda a população.
Além disso, o descarte adequado ajuda a prevenir o impacto dos medicamentos no solo, na água e nos ecossistemas, preservando a biodiversidade e a qualidade do meio ambiente.
De acordo com o PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma): população mundial está cada vez mais exposta à água contaminada por antibióticos e 90% dos antibióticos são lançados no meio ambiente ainda como substâncias ativas, por meio de esgotos ou por defecação a céu aberto. Os microrganismos resistentes a medicamentos presentes na água podem provocar outra pandemia.
