Orientação sobre a presença de Morcegos em sua casa

Divisão de Vigilância de Zoonoses de São Paulo* Editado por Ana Marina Martins de Lima

Os morcegos são mamíferos considerados úteis ao homem e à natureza, devendo ser preservados. Em ecossistemas naturais, os fitófagos (frugívoros e nectarívoros) promovem, em alguns casos, a polinização das flores e a dispersão de sementes de diversas plantas, sendo animais importantes na recuperação de áreas desmatadas.

Os insetívoros são considerados de grande importância ecológica, uma vez que auxiliam no controle das populações de alguns insetos noturnos. Além disso, fazem parte da fauna brasileira e são, portanto, protegidos pela Lei Federal 9.605/98 (Lei do Meio Ambiente).

Portanto, devemos evitar a morte indiscriminada desses animais, conscientizando a população quanto à importância de manter vacinados (anualmente) contra a raiva os animais domésticos (cães e gatos).

Os morcegos não costumam “atacar” mas, independente do seu hábito alimentar, mordem quando perturbados ou indevidamente manipulados. Se estiverem infectados, podem transmitir a raiva que é uma doença sempre fatal na ausência de pronto atendimento. Portanto, deve-se evitar o contato direto com estes animais.

Cabe ressaltar que os morcegos, ao adquirem a raiva, podem apresentar mudanças em seu comportamento, tais como atividade alimentar diurna e caídos no chão.

O acúmulo de fezes de morcegos e aves em locais com condições adequadas, como por exemplo, forro de edificações, pode propiciar o crescimento do fungo Histoplasma capsulatum, causando àqueles que inalarem os esporos uma doença respiratória, a histoplasmose.

Medidas preventivas

Nunca se deve tocar nos morcegos que eventualmente adentrem as edificações ou apareçam caídos no chão. Neste caso, se possível, imobilizar o animal jogando um pano ou caixa de papelão emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso. Em seguida, entrar em contato com o 156, que enviará equipe para retirar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial de raiva e identificação da espécie.

Cuidado com as informações postadas em redes sociais!
“Mesmo vacinado você não deve pegar morcegos com as mãos”

A presença de morcegos em edificações, principalmente de insetívoros, pode ocasionar acúmulo de fezes, causando odores desagradáveis e característicos, além de poder causar doenças como a já citada. Deve-se, portanto, vedar juntas de dilatação de prédios, espaços existentes entre telhas e parede, bem como cumeeiras; vedar todos os possíveis acessos para porões; enfim, manter adequadamente esses locais para evitar que sirvam de abrigo para morcegos. Após a vedação, a sujeira existente no local deverá ser umedecida, removida e acondicionada em saco de lixo, Ao realizar este procedimento, a pessoa deve estar protegida com luvas e máscaras ou pano úmido sobre o nariz e boca.

Em residências ou ruas muito arborizadas, é comum encontrarmos morcegos frugívoros à procura de alimento ou utilizando essas árvores para abrigos diurnos, sendo que, muitas vezes, estes animais dão vôos rasantes em busca de frutos. Deve-se, portanto, colher os frutos maduros ou solicitar ao órgão público competente a poda de levantamento ou a substituição da árvore ou, ainda, simplesmente, evitar permanecer na sua rota de vôo, pois após o período de frutificação, estes morcegos irão para outros locais.

Caso ocorra contato entre pessoa e morcego, você deve procurar orientação médica imediata nas Unidades de Saúde que realizam tratamento para a raiva. Em caso de contato com animais domésticos, procurar assistência veterinária ou a Divisão de Vigilância em Zoonose.

SERVIÇO:

DIVISÃO DE VIGILÂNCIA DE ZOONOSES

Endereço: Rua Santa Eulália, 86, Santana (Próximo ao metrô Carandiru)

Telefone: 2974-7800

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