Por g1 Rio
O navio graneleiro True Conrad, de bandeira da Libéria, está parado desde a última quarta-feira (10) na Baía de Sepetiba, em Itacuruçá, distrito de Mangaratiba, na Costa Verde Fluminense, há uma semana após se envolver em um acidente. A informação é do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Nesta terça (16), o órgão chegou a informar que a embarcação estava encalhada na Baía de Ilha Grande desde o dia 11. Mas, a pasta voltou atrás e corrigiu a informação na manhã desta quarta (17).
A embarcação está a serviço da CSN, a Companhia Siderúrgica Nacional, e transporta milhares de toneladas de minério de ferro para Singapura, na Ásia.
De acordo com a Secretaria Estadual do Ambiente, o acidente aconteceu próximo ao Porto de Itaguaí.
O Inea disse que o navio graneleiro perdeu o leme quando saía do porto pelo canal de acesso, colidindo com o talude, o que danificou uma parte de seu casco. A embarcação foi rebocada até a barra onde encontra-se fundeada para reparo.
A Marinha informou que tomou conhecimento do incidente. Segundo o órgão federal, o navio se envolveu em um incidente na saída do canal do terminal da companhia que fica em Itacuruçá, em Mangaratiba.
Embora seja rota de navegação, não é comum haver encalhes ou acidentes na região.
A Marinha disse que a embarcação sofreu uma avaria no tanque de lastro. Um reparou já foi concluído e armadores e o comandante aguardam uma inspeção interna nos tanques para seguirem viagem. A vistoria deverá acontecer neta quinta-feira (18).

A Marinha abriu um inquérito para apurar as causas, as circunstâncias e para responsabilizar os possíveis envolvidos.
Não se sabe até agora porque o fato só chegou ao conhecimento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) na segunda (15).
Nesta terça, equipes do órgão ambiental estadual estiveram no local para checar se há risco de vazamento de óleo. A informação passada aos técnicos do Inea pela Capitania dos Portos, é que não há até o momento risco de vazamento de óleo, nem de combustível.
O Inea, quase uma semana depois, disse que uma equipe seguirá para o local nesta quarta, novamente, para realizar uma vistoria conjunta com a Capitania dos Portos para acompanhamento e avaliação do cenário.
Instituto Estadual do Ambiente informou que notificou a siderúrgica e pediu mais esclarecimentos sobre a embarcação.
A CSN disse o navio “é de responsabilidade da empresa contratante da carga, encontrando-se fora da poligonal do Porto.” Informou ainda que, de acordo com a nota emitida pela Marinha do Brasil, o navio não está encalhado.
“O que está sendo feito é um reparo na embarcação. Cabe destacar também que a Marinha, em vistoria realizada, não detectou qualquer indício de poluição hídrica. A responsabilidade para condução do assunto é da Marinha do Brasil, autoridade competente para tal.”
Em nota, a Prefeitura de Angra informou “que não há navio encalhado no território municipal”.
A Prefeitura de Mangaratiba também nega que o navio esteja no município.
