Por Ambiente do Meio

Os principais objetivos são: o fortalecimento da Cultura Tradicional Awaete – Assurini do Xingu e a Troca de Saberes e Práticas com demais Povos das Águas Terras e Florestas

O instituto foi criado para apoiar a etnia Awaete – Assurini do Xingu, uma das 11 etnias impactadas por Belo Monte, focamos no acesso Awaete à direitos humanos no acesso a informações e estrutura para conscientização e protagonismo frente às práticas etnocidas de racismo culturais e ambientais que acontece há pelo menos 50 anos de contato após a inauguração da rodovia transamazônica, a chegada dos sertanistas que gerou o genocídio da etnia que, quase exterminada chegou 52 indivíduos.

A história

Em 2015, buscando entender de onde vinham tantas pessoas e ideias que cada vez mais influenciavam o contexto que se encontrava junto a seu povo, Timei Assurini decide organizar internamente o coletivo Marytykwawara e iniciar, junto a produtora cultural Carla Romano, uma jornada de “Descobrimento do Brasil” com o projeto “Agenda Awaete – Trocas de Saberes e Práticas Awaete Assurini do Xingu/PA”.

Entre a cidade e a aldeia, realizaram mais de 300 atividades, em que cada vez mais tem percebido, não só a diversidade do mundo a sua volta, como os padrões negativos e positivos frente ao processo de aculturação que sua cultura vem enfrentando e os caminhos necessários a seguir para sua regeneração.

Em 2019, retorna a seu povo para o ritual de selamento do espírito de Cura da Onça, conduzido pelo saudoso ancião centenário, no qual se consagra como Pajé Tywaywa. Cria com seu pai e sua companheira a Aldeia Janeraka e desde então tem se dedicado a articulações locais necessárias para sua segurança na permanência da luta.

Cada vez mais conectado, em 2021 sua rede apoiadora organiza no Coletivo Constelar Ancestral, ampliando ainda mais as possibilidades de articulação para a criação da estrutura necessária para a resistência frente aos desafios cada vez mais complexos encontrados no caminho.

Cultura não é entretenimento. Com amplo conhecimento na história de uma das regiões e etnias mais admiradas do mundo presente em boa parte das publicações e acervos etnográficos mundiais, estamos cada vez mais nos dedicando na cocriação de metodologias e projetos com princípios éticos de equidades, decolonização, regeneração, diz Timie.

O objetivo é a união e alinhamento de energias para que a luz vença a escuridão. Dentre as formas de apoio estão doações de recursos financeiros, equipamentos, horas de voluntariado (com certificado), além de envolvimento para a cocriação de projetos e captação conjunta.

Além de materiais para a manutenção da casa eles buscam parcerias cocriativas em especial para projetos de educação patrimonial, comunicação e saúde mental e participam de editais para fomentar seus projetos.

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