“Sentir que somos Terra nos faz ter os pés no chão. Faz nos desenvolver nova sensibilidade com a Terra, seu frio e calor, sua força, às vezes ameaçadoras; ás vezes encantadora. Sentir a Terra é sentir a chuva na pele, a brisa refrescante no rosto, o tufão avassalador em todo o corpo. Sentir a Terra é sentir a respiração até as entranhas, os odores que nos embriagam ou nos enfastiam. Sentir a Terra é sentir seus nichos ecológicos, captar o espírito de cada lugar, inserir-se num determinado local, onde se habita. Habitando, nós fazemos de certa maneira prisioneiros de um lugar, de uma geografia, de um tipo de clima, de regime de chuvas e ventos, de uma maneira de morar trabalhar ou fazer história. Ser Terra é ser concreto, concretismo. Configura o nosso limite. Mas também significa nossa base firme, nosso ponto de contemplação do todo, nossa plataforma para poder alcançar vôo para além desta paisagem e deste pedaço de Terra.”
BOFF, Leonardo. Saber cuidar, ética do humano, compaixão pela Terra. Vozes. São Paulo, 1999.
Sentir-se prisioneiro da terra é ser comprometido com a Mãe Natureza criada por Deus para sabermos con-viver na harmonia como irmãos, respeitando tudo que habita a terra. Saber que somos parte da terra. Saber cuidar com ética e humanidade cada ser que vive na Terra. Saber perceber-se que somos humus, feitos da terra para cuidar com sabedoria de cada ser que aqui habita.
Somos pedaços da terra que quem nos fere também é ferido
Muito grande e social as palavras do Dr. Boff. Dizer que a terra somos nós. E realmenete somos. Vimos da terra e para ela voltaremos. Prof de Filosofia Rogério Taboza.