Pelo sexto ano consecutivo, a capital amazônica sediará uma grande festa do cinema mundial. Entre os dias 6 e 12 de novembro, Manaus receberá o Amazonas Film Festival Aventura, Natureza e Meio Ambiente, realizado pelo Governo do Estado do Amazonas, por meio de sua Secretaria de Cultura, com produção do grupo francês Le Public Système Cinéma.
O evento promove o encontro de profissionais da indústria cinematográfica nacional e internacional, apresentando aos amantes da sétima arte as riquezas e o potencial da Floresta Amazônica e a necessidade da preservação do patrimônio natural da região.
Mostra competitiva de documentários
LOST GORILLAS OF VIRUNGA
Estados Unidos – 2008 – Color – 52 min.
Direção –Michael Davie
Produção –Michael Davie & Jaime Bernank
Fotografia –: Erin Harvey
Montagem –Max Salomon, Salvatore Vecchio & Christine Jameson-Henry
Seis gorilas são encontrados mortos, executados à queima-roupa, em pleno Parque Nacional de Virunga, no Congo. Por acaso, o fotojornalista Brent Stirton se encontra no local e registra a cena. Suas fotografias do macho e de sua família sem vida correm o mundo. E o mundo responde incrédulo. Apenas 700 desses primatas são encontrados na natureza, que conta agora com seis a menos. No final, um homem será injustamente acusado do crime, um será julgado e um manterá reféns o parque e o restante dos gorilas que vivem por lá. Hoje, o país e o parque englobam um mundo que se encontra à beira do caos, agravado pela competição por recursos que até hoje levou milhões de inocentes espectadores à morte.
CRUDE
Estados Unidos – 2009 – Color – 100 min.
Direção – Joe Berlinger
Produção – Joe Berlinger & Michael Bonfiglio
Fotografia – Juan Diego Pérez
Montagem – Alyse Ardell Spiegel
A épica história de um dos maiores e mais controversos processos ambientais do planeta. O caso se passa na Amazônia equatoriana e contrapõe 30.000 indígenas da região contra a gigante petrolífera americana Chevron. Os querelantes alegam que as operações petrolíferas dizimaram parte de sua população e modificaram irremediavelmente a vida local. O filme é um drama judicial verídico que tem como cenário o movimento ambiental, políticos de todo o mundo, celebridades ativistas, defensores dos direitos humanos, mídia, poder das corporações multinacionais e o rápido desaparecimento das culturas indígenas.
O RETORNO
Brasil – 2008 – Color – 75 min.
Direção –Rodolfo Nanni
Produção – Rodolfo Nanni
Fotografia – Roberto Santos Filho
Montagem – Rodolfo Nanni
O filme reúne 50 anos de material para explicar as consequências da seca no nordeste do Brasil. Mais do que um simples retrato da situação social de miséria vivida pelos pequenos lavradores na região do semi-árido nordestino, é um estudo metalinguístico dos caminhos que levam o diretor a explorar, de uma maneira antropológica e transparente, um assunto tão popular: a seca e a pobreza da população do nordeste. O filme é um questionamento sobre o papel das autoridades e um fiel retrato daqueles que lutam diariamente contra a fome e a má nutrição.
THE DEADLINE
Reino Unido – 2008 – Color – 52 min.
Direção – Phil Stebbing
Produção – Phil Stebbing
Fotografia – Alex Finn, Sam Cole & Phil Stebbing
Montagem – Phil Stebbing
Comparada a uma história policial dramática em alto mar, o grupo internacional ambiental Greenpeace tenta capturar, ao largo da costa oeste da África, uma rede de barcos de pesca pirata, escondida entre a frota de traineiras chinesas enferrujadas. Usando mão-de-obra escrava, esses piratas estão destruindo os bancos de pesca tradicionais, numa gigante fraude internacional. Eles contrabandeiam peixes roubados de uma das populações mais pobres do mundo, colocando-os em caixas oficiais da União Européia que vão diretamente para os supermercados, lojas e restaurantes europeus
WILD OPERA
França – 2009 – Color – 75 min.
Direção – Laurent Frapat
Produção – Pascal Breton, Maryse Rouillard, Grégory Schnebelen, Alexandre Piel & Mark Wild
Fotografia – Patrick Wack, Harold Arsenault, Eric Veyssière, Elie Laliberté
Montagem – Laurent Frapat
Esse filme acompanha a migração dos gnus e zebras da Tanzânia até o Quênia. Os filhotes que nascem nas grandes planícies do Serengeti precisam aprender rápido como andar e enfrentar longas caminhadas, se quiserem chegar aos pastos frescos do Maasai Mara. O caminho até a chegada nas planícies verdes será arriscado, por causa dos gatos selvagens e também pelo difícil Rio Mara, infestado de crocodilos. Mas o grande obstáculo ainda está por vir: 250 milhas numa arriscada jornada num ambiente hostil. Após somente quatro meses no Quênia, os rebanhos começam sua jornada de volta à Tanzânia, guiados pelo instinto de encontrar pastos altos em áreas úmidas.
DIRTY PARADISE
Suiça – 2009 – Color – 72 min.
Direção – Daniel Schweizer
Produção – Werner Schweizer
Fotografia – Eric Turpin
Montagem – Christine Hoffet & Karine Sudan
Um incrível desastre ecológico e sanitário está acontecendo atualmente no departamento francês de ultramar no coração da Amazônia, na fronteira entre o Suriname e a Guiana Francesa. O filme conta a história de milhares de índios que tentam sobreviver à devastação causada por 10.000 garimpeiros ilegais de ouro que se escondem nas florestas. Falando pela primeira vez num filme, o índio Wayana denuncia as consequências da incontrolável exploração do ouro “sujo”.
THE DOLPHIN DEALER
Canadá – 2008 – Color – 44 min.
Direção – Brad Quenville
Produção – Leigh Bagdley, Brad Quenville & Gabriela Schonbach
Fotografia – Todd Craddock
Montagem – Jean Baillargeon
Durante 5 anos, imagens nunca antes vistas do mundo obscuro do comércio de golfinhos selvagens foram filmadas e retratadas. Esse documentário relata a maior captura e exportação de golfinhos da história, perpetrada pelo comerciante de golfinhos mais famoso, o canadense Christopher Porter. A história se passa nas Ilhas Salomão, a linda e ao mesmo tempo violenta nação no sul do Pacífico, e examina os problemas e ética de uma indústria de um bilhão de dólares, a de nadar com golfinhos.
GREEN
França – 2008 – Color – 48 min.
Direção – Patrick Rouxel
Produção – Patrick Rouxel
Fotografia – Patrick Rouxel
Montagem – Patrick Rouxel
Ela se chama Green e está sozinha num mundo que não lhe pertence. Ela é um orangotango fêmea, vítima do desflorestamento e da exploração de recursos. Esse filme é uma jornada emocional pelos seus últimos dias de vida. É um passeio visual que apresenta os tesouros da biodiversidade da floresta tropical e os impactos devastadores da exploração florestal e do desmatamento em favor das plantações de palmeira de óleo. Enquanto vemos os efeitos do consumo e do desenvolvimento econômico, confrontamos nossas próprias responsabilidades com a atual extinção do orangotango
A ÁRVORE DA MÚSICA (THE MUSIC TREE)
Brasil – 2008 – Color – 75 min.
Direção – Otavio Juliano
Produção – Luciana Ferraz, Otavio Juliano, Rogério Ribeiro
Fotografia – Hélcio “Alemão” Nagamine
Montagem – Otavio Juliano, Johanna Gavard, Luciana Ferraz
O futuro da música clássica depende da conservação de uma árvore à beira da extinção. Encontrada apenas no que resta da devastada Mata Atlântica brasileira, essa árvore tornou-se vital para a confecção de arcos de violinos e outros instrumentos, desde os tempos em que Mozart compunha suas obras-primas em Viena. Desde a busca pela madeira nas florestas brasileiras até a confecção dos arcos para sua utilização pelas maiores orquestras sinfônicas do mundo, o filme explora o caminho para salvar as árvores e a música que dela depende.
Mais informações no site: WWW.amazonasfilmfestival.com.br